Existem pessoas que morrem de medo de altura, outras que morrem de medo
de aranhas, assim como as que morrem de medo de subir em
montanhas-russas e as que morrem de medo de morrer mesmo! No entanto,
apesar de a expressão morrer de medo ser usada com enorme frequência e
em uma grande variedade de contextos, será que alguém poderia
literalmente bater as botas desse jeito?
De acordo com Erin McCarthy do portal Mental_Floss,
é possível que uma pessoa literalmente morra de medo sim, embora isso
seja relativamente raro. Segundo explicou, quando nos vemos em uma
situação que nos amedronta ou assusta, o mecanismo de “fuga ou luta” é
acionado pelo nosso organismo, e uma porção de coisas começam a
acontecer conosco.
Fuga ou luta
Primeiro ocorre uma descarga de adrenalina que, por sua vez, faz com que
o coração bata mais depressa e, assim, mande mais sangue aos músculos.
Além disso, a respiração fica acelerada, as pupilas se dilatam, a
musculatura fica tensa, os vasos sanguíneos mais superficiais se
contraem, e algumas funções fisiológicas — como a digestão, por exemplo —
desaceleram.
Todas essas respostas fazem com que nos tornemos mais rápidos e fortes
do que o normal temporariamente, aumentando as nossas chances de fugir
ou lutar em uma situação de perigo. O problema é que, apesar de o
coração normalmente conseguir
lidar com tudo isso sem maiores problemas, a adrenalina, embora seja
produzida e liberada pelo nosso organismo, é uma substância tóxica que,
em excesso, pode nos fazer mal.
Descarga tóxica
A adrenalina age sobre os receptores existentes nas células musculares do coração desencadeando uma reação química que afeta o sistema que regula o ritmo cardíaco, fazendo com que o músculo cardíaco se
contraia. Entretanto, quando a descarga dessa substância é muito grande,
pode acontecer de a adrenalina fazer com que o coração se contraia e
não consiga relaxar ou que ele passe a trabalhar com um ritmo que não é
compatível com a vida.
Um desses efeitos é o que os cardiologistas chamam de fibrilação
ventricular, que faz com que os ventrículos — que são as câmaras que
ficam na parte
inferior do coração — não se contraiam completamente, impedindo que o
sangue seja bombeado e que ocorra a parada cardiorrespiratória.
Por sorte,
esse tipo de problema não costuma ocorrer com frequência em pessoas
saudáveis. Contudo, caso se trate de alguém que sofra de alguma
cardiopatia — como artérias bloqueadas, por exemplo —, então a coisa
muda, e o risco de morrer de medo se torna algo bastante real.
E já que estamos no assunto, Erin ainda explicou que é possível morrer
de alegria também. Segundo disse, emoções positivas muito fortes também
podem desencadear um processo em nosso organismo semelhante à resposta ao medo, e provocar a morte do superfeliz.
Fonte: Megacurioso
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